Santa Catarina foi o quatro Estado no país que menos recebeu recurso do Ministério da Saúde para habilitação de novos leitos de UTI pelo SUS. Como solicitou credenciamento para apenas cinco leitos, todos no Hospital Nereu Ramos, na Capital, recebeu repasse de R$ 689 mil, o menor entre os Estados do Sul. O Paraná foi contemplado com R$ 5,7 milhões e Rio Grande do Sul com R$ 4 milhões.
A Secretaria de Saúde garante que a oferta de leitos de UTI é compatível com a demanda do Estado, mas reconhece que hospitais deixam de ser credenciados por não alcançarem os critérios estabelecidos pelo ministério para receber recursos do SUS. A Fehoesc (Federação dos Hospitais de Santa Catarina) e a Ahesc (Associação dos Hospitais de Santa Catarina) discordam e afirmam que o Estado tem carência de leitos de UTI.
“É a primeira vez que o valor recebido tem uma diferença tão grande em relação aos demais Estados do Sul. Estados com populações muito menores receberam mais dinheiro que nós”, afirma o presidente da Fehoesc, Tércio Kasten, que participará terça-feira (14) da reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, em Brasília. A intenção é sensibilizar a classe política para intermediar a situação junto ao Ministério da Saúde. Segundo a Fehoesc, há 708 leitos de UTI em Santa Catarina, que atendem pelos SUS e de forma particular. Destes, 40 poderiam internar pelo SUS, mas não estão credenciados.
De acordo com o superintendente de Planejamento e Gestão da Secretaria Estadual de Saúde, Walter Vicente Gomes Filho, o problema está na dificuldade dos hospitais atenderem todos os requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde. “A secretaria não tem como mandar a solicitação de credenciamento antes dos hospitais resolverem as pendências”, argumenta Gomes Filho. Entre os itens pendentes estão, por exemplo, o responsável técnico pela UTI não residir no município onde está o leito, falta de alvará sanitário e médicos plantonistas não terem o título de intensivistas.
Recomendação
Recomendação do Ministério da Saúde, que segue a Organização Mundial de Saúde, é que 4 a 10% do número total de leitos devem servir às UTIs. Segundo o superintendente da secretaria, Gomes Filho, Santa Catarina atende a recomendação. A Fehoesc, no entanto, trabalha com números divididos por regiões. Conforme os levantamentos da entidade, nas regiões Norte e Nordeste do Estado, há 7,6% de leitos de UTI, mas no Oeste o índice cai para 2,4%.
Gomes Filho diz que o governo não atua com base em dados divididos por território. “Se não puder ser atendido na sua região, o paciente será encaminhado para outra. A oferta de leitos atende a demanda, mas trabalhamos para aumentar esse número. Quanto mais leitos, mais acesso ao serviço”, relata.
Fonte: www.ndonline.com.br/joinville/noticias/santa-catarina-foi-o-quarto-estado-no-pais-que-menos-recebeu-recurso-para-leitos-de-uti.html+leitos+de+uti+sc&cd=9&hl= Publicado em 13/06-08:25 por: Maiara Gonçalves. Atualizado em 31/10-13:50
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