OS EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS
Monitor Cardíaco
Efetua leitura do traçado eletrocardiográfico, como freqüência cardíaca e medida intermitente de pressão arterial. Situa-se na cabeceira do leito e é conectado ao paciente através de eletrodos descartáveis no tórax. Objetiva a análise das eventuais arritmias cardíacas que podem ocorrer em virtude dos distúrbios dos eletrólitos sanguíneos ou "exigências do coração" e analisa a pressão arterial 24 horas, permitindo a equipe avaliar a manutenção da circulação e fluxo sanguíneo de forma indireta.
Oximetria de Pulso
Equipamento que possui sensor óptico luminoso o qual é colocado no dedo. Através da determinação da coloração sanguínea capilar, verifica a taxa de saturação do oxigênio designada Saturação de O2, ou seja, mede indiretamente a oxigenação dos tecidos de maneira contínua. É útil para avaliar descompensações respiratórias.
Sonda Naso-Enteral
Quando ocorre dificuldade da ingestão dos alimentos, é introduzida sonda maleável de baixo calibre na narina até o duodeno, porção após o estomago. Dietas especiais designadas Dietas Enterais, são mantidas em infusão contínua dando aporte necessário de calorias, proteínas e eletrólitos. As Dietas especiais dispensam as dietas convencionais, podendo o paciente utilizá-las por longo período. Estado de inconsciência ou impossibilidade de deglutição são indicações importantes da sua indicação.
Sonda Vesical
Em pacientes inconscientes ou que necessitam controle rígido da diurese ( volume urinário ), é necessário introduzir sonda na uretra ( canal urinário ) até a bexiga. A sonda é conectada em bolsa coletora que fica ao lado do leito em locais baixos. É muito importante o controle da diurese em virtude de indicar o estabelecimento e manutenção do sistema renal-excretor, ainda colaborando para a medida de infusão correta de líquidos nos pacientes. A retirada da SV estará na dependência do nível de consciência e necessidade do controle urinário rígido para hidratação.
Máscara e cateter de Oxigênio
São dispositivos utilizados para fornecer oxigênio suplementar em quadros de falta de ar. O cateter é colocado no nariz e a máscara próxima a boca com finalidade de nebulizar umidificando e ofertando O2. Em geral são dispositivos passageiros e retirados após melhora dos quadros dispnéicos ( falta da ar ).
Cateter Central
O cateter é chamado de central em decorrência de estar próximo ao coração. Fino, da espessura da uma carga de caneta, é introduzido através do pescoço ou no tórax ( infraclavicular – abaixo da clavícula ). Permite acesso venoso rápido e eficaz. Sua permanência pode variar de semana a meses. É indolor.
Tubo Orotraqueal
Trata-se de tubo plástico, maleável, de diâmetro aproximado de 0.5 a 1.0 cm e é introduzido na traquéia sob anestesia e sedação. Permite a conexão do ventilador mecânico com os pulmões. A permanência pode ser de curta duração, até horas, ou semanas. Caso não possa ser retirado e com previsão maior de duas semanas, poderá ocorrer possibilidade de traqueotomia e inserção da cânula baixa permitindo ao paciente maior conforto e até alimentar-se. A traqueotomia é efetuada em geral após a permanência de duas semanas de tubo orotraqueal e pode ser efetuada na UTI ou centro cirúrgico, isto a critério de cada serviço. É relativamente simples, sendo efetuada com anestesia geral endovenosa, podendo surgir complicações como sangramento ou espasmos traqueo-brônquicos.
Ventilador Mecânico
Aparelho microprocessado valvular que permite a entrada e saída do ar dos pulmões, oxigenando-os e mantendo estabilidade e segurança do sistema respiratório. Os equipamento modernos permitem maior interação entre paciente-ventilador com seu comando ou não. Apesar das inúmeras vantagens e em vários casos obrigatórios, estabelece interrupção da fisiologia normal respiratória, favorecendo infecções pulmonares designadas “pneumonias do ventilador”. O processo de retirada do ventilador mecânico é chamado de desmame ventilatório, que é gradual e dependente de cada caso específico.
Bomba de Infusão
Equipamento que possui sistema de rotação para infusão volumétrica como soro através de equipo ( circuito plástico ) próprio. É muito importante como função da aplicação contínua dos volumes medidos e precisos, incluindo medicações, tendo como segurança sistema de alarme para qualquer interrupção ou desconexão.
Coma Induzido
Na UTI há grande preocupação em fornecer conforto e ausência de dor a todos pacientes internados. Em casos mais graves, principalmente quando há necessidade da Intubação Orotraqueal, é iniciada sedação ( tranqüilizante e indutor de sono ) e analgesia ( abolição da dor ) contínua que pode levar a ausência total de consciência e sonolência profunda. Neste estágio, designado “coma induzido” , não há dor, não há frio e a percepção do paciente é interrompida. O tempo e espaço nesta situação é abolido, onde pacientes que permanecem “meses” na Unidade, recordam como “horas” .
As Infecções
As infecções são as causas mais importantes de internações em Unidades Intensivas. Em geral respiratórias ou urinárias, recebem tratamento com antibióticos de última geração e de amplo espectro de ação contra bactérias. Os riscos das infecções ocorrem quando há disseminação hematogênica ( através do sangue ) e ocorre generalização do processo infeccioso designada tecnicamente como Sepse. Outro motivo de preocupação crescente é a infecção desenvolvida no ambiente hospitalar, sendo na grande maioria prevista e inevitável principalmente em decorrência de técnicas invasivas como a pneumonia do Ventilador Pulmonar.
Fonte: http://www.medicinaintensiva.com.br/uti-guia.htm